“aprendizes até ao último bater do coração

...Não consigo imaginar sequer uma razão e contudo, sob a minha pele quente pelo Sol de Verão, as vezes me lembro do que acreditei tanto e de tuas asas de barro,teus cabelos claros ao abrir daquelas janelas com vista a montanha aos poucos começaram a tomar vida no verão,asas que moviam um coração que parecia tão verdadeiro.. começando a debater-se com a energia do amanhecer..da vida nova que se permitia bem ali na frente...

Me pergunto nestes campos lindo até na chuva do Ribeirão...De que te querias tu vingar?... Do tempo que havias passado aprisionada à parede branca, por um prego de metal? De tanto tempo aprisionada num corpo de barro? O meu amor libertador não era suficiente para te ajudar?

No dia em que impulsionei o teu voo ao estender te a mao pra dormir num colchao apenas que me parecia uma enorme cama, , senti que poderia sim ao te ensinar a voar te perder para sempre! Tive medo de que, à distância de um Oceano,de uma rua , de uma estrada ou pior de um corpo a mais que colocasses entre nós não me lembrasses mais. E, contudo, corri o risco! Correria o risco de novo, uma e outra vez...”

Nessas tardes de verao, vinhas poisar ao de leve, muito ao de leve, no beiral da minha vida. Juntos, traçámos planos para o teu futuro, juntos contemplámos o Sol poente, o rio que corria atras de nossa janela ... uma e outra vez, ora em longos silêncios, ora a espaços, no dialeto que só dois coraçoes que fossem reciprocos porque AMOR nao morre de um dia pra outro quando é VERDADEIRO..muito menos , mas muito menos perde o desejo ou consegue ficar longe...


Viajaste dentro de ti, como quando estavas prisioneira... E tiveste medo!...Eu também tive porque te queria pra sempre...
Aninhaste-te de encontro ao meu colo, afaguei-te o corpo, recompus-te a alma em sobressalto...
Olhaste-me profundamente, bem no fundo dos meus olhos –


Hoje junto a outro alma e corpo tu esta a comandar o voo, a comandar o vê... como tanto desejavas!...
Acompanhei-te até onde os meus olhos conseguiram alcançar. Depois, de mansinho, chorei a tua partida, num choro invisível aos olhos dos comuns mortais...porque tinha MAGIA E UM DESEJO que nao ousasses dividindo agente a entender.. Chorei e rezei por ti, noites a fio, quando a bola de fogo entrava pelo mar dentro e tudo ficava bruma, silêncio ....

Como que por magia, o fio de prata atravessa oceanos , as florestas, fio de prata que confiei em minha vida somente a ti...porisso ao andar a cada milimetro do chão daquelas matas e campos que um dia foram sim palco de um sonho que era pra nao ser dividido eu sinto sim , sinto falta , em silencio escondido de todos ditos mortais,na verdade que aparece de um corpo a tanto tempo dividido em danças nem tao circulares , em noites tao cheias de lua e de um sentimento de saudade ..do corpo entregue , das asas que te dei e do teu beijo imaculado ..no silencio que so o vento do campo rompe sinto .. falta de tudo......tudo que te entreguei e acreditei muito...


Talvez eu não queira mais ser
(des)ordenada onda, espuma, vaga ...
Baia... bonança,
ancoradouro ou cais.
Cansas-me tu, existência.
Cansa-me a embriagues
do Sonho.
(Já não sonho mais, já não sou assim!).
Cansam-me
os odores das rosas e sonhos repisados...

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