Pequenso detalhes......

" E la em baixo....uma rede de anjos amparava nossa
queda... (Caio Fernando Abreu )











sábado, maio 31, 2014

"O Paraíso está em nós. Acessemo-lo sem sair do lugar. Onde está o Inferno, Senão no suplício do engano E das ilusões humanas?... Que é o Paraíso senão A paz e o conhecimento do Ser? Que outra condição idílica Buscas, ó Alma peregrina? Sabe que o que buscas Não está fora de ti, Mas em teu coração." ~ Awmergin, o Bardo

quarta-feira, maio 28, 2014

Vem, Te direi em segredo Aonde leva esta dança. Vê como as partículas do ar E os grãos de areia do deserto Giram desnorteados. Cada átomo Feliz ou miserável, Gira apaixonado Em torno do sol. rUMI
Deixa-me Enlouquecer Ó incomparável Doador da vida, libera-nos da razão enfim! Deixa-a vagar com os olhos cinzas entre as vaidades. Quebra o meu crânio, derrama nele o vinho da loucura. Deixa-me enlouquecer como Tu; enlouquecer em Ti, conosco.... Além da sanidade dos tolos está um deserto ardente Onde o teu sol está girando em cada átomo: Amado, arrasta-me até lá, deixa-me arder em Perfeição! JALALUDDIN RUMI
Imergí-vos no oceano de minhas palavras, a fim de que possais desvendar seus segredos e descobrir todas as pérolas de sabedoria que jazem ocultas em suas profundezas. Possui um coração puro, bondoso e radiante, para que seja tua uma soberania antiga, imperecível e eterna. Bahá'u'lláh

terça-feira, maio 27, 2014

entre o teu signo e o meu existe uma possibilidade de veneno umas tintas de vermelho ..... pode estar só de passagem Ou não.... Mas você sabe como eu sou de subsolos de subterfúgios, de subversos subliminares como eu sou de submundos subterrãneos, de sub-reptícias folias meio de circo, meio de farsa ervas, panfletos, fluídos, presságios quebrantos, jeitos, gírias, reviras de sensações e cismas, filosofias de como eu sou de estradas, andanças, pressentimentos atmosférica e vadia gato da noite, de crises, guitarras ouros e danças e circunstâncias de vinho azedo e companhia..... Que eu sou de todas as misturas todas as formas e sintonias e enfrento esse aperto, essas normas forças, pressões, imposições, o poderio os intervalos, o silêncio da maioria. Você sabe de toda minha luta mesmo quando a intenção silencia que eu não cedo, não desisto a todo custo,, a toda faca, a todo risco eu sobrevivo de paixão e de anarquia. e queria tanto e sempre tua compania.....
Tinha a pele exposta e os sentidos todos aflorados, inclusive aqueles não catalogados... decidiu–se por sentir…e é assim mesmo, há o que dilacera mas há também o que aconchega. Amplitudes, plenitudes...Intensidades… dimensões, atitudes….coragens!

segunda-feira, maio 26, 2014

Tudo se esconde: os sonhos, as axilas, a vagina Ela envelhece e esconde uma menina que permanece onde ela está agora O homem que descobre uma mulher será sempre o primeiro a ver a aurora.
entre o teu signo e o meu existe uma possibilidade de veneno umas tintas de vermelho [u]meu moreno[/u] e se a paixão há de ser provisória que seja louca e linda a nossa história. Bruna Lombardi
Posso ser um banquete. Mas não me degustes de talheres. Não sou como as demais mulheres. Se queres, me devore com tuas mãos ...

quarta-feira, maio 14, 2014

Sabes o que é que brilha no coraçao do espelho ? Só quem conhece a pureza discerne a imagem que ali se reflete... ( Rûmî )

terça-feira, maio 13, 2014

Dança, meu coração ! dança hoje com alegria. Os compassos do amor enchem de musica os dias e as noites, e o mundo escuta suas melodias: Loucas de alegria, a vida e a morte dançam, Ao ritmo dessa musica, dançam as colinas os mares e a terra.... Entre risos e lagrimas a humanidade dança. Para que vestir o habito do monge e viver apartado do mundo em orgulhosa solidão ? Vê ! meu coração dança no requinte de uma centena de artes ; e o Criador se compraz." ( Poeta Mistico Indiano - Kabir, sec. XV )

segunda-feira, maio 12, 2014

Lá onde nasce o verdadeiro amor morre o “eu”, esse tenebroso déspota. Tu o deixas expirar no negro da noite e livre respiras à luz da manhã. ~Rumi

PAZ

"Cultivemos o hábito de criar pensamentos realmente pacíficos e poderosos. Aprenda a ficar em paz no silêncio e você nem precisará pensar. Pensamentos bons e benéficos surgirão naturalmente. Novas ideias virão na sua mente. Se algo precisa ser feito, isso virá de forma sutil e tranquila. Assim, se você tiver que encontrar alguém, essa pessoa virá até você sem que você a chame. Permaneça em paz e os pensamentos que você tiver serão colocados na prática." Dadi Janki

domingo, maio 11, 2014

“É preciso cuidado com o arisco, senão ele foge. É preciso aprender a se movimentar dentro do silêncio e do tempo. Cada movimento em direção a ele é tão absolutamente lento que o tempo fica meio abolido.

sábado, maio 10, 2014

ando cansado de ter de encarar a vida tão de frente, de fingir que suporto tudo, de não poder gritar e às vezes e chorar a toa, cansado de me contentar calado com cinco minutos de tua amada presença....

quinta-feira, maio 08, 2014

Sou Eu sou o silêncio, sou um verso mudo, palavras quietas e sou a saudade. Sou passos lentos, sou uma alma nua vestido apenas de lembranças tuas.

Folhas, Flores e Frutos de um Novo Amanhecer

Um amanhecer que já vai longe em seus passos mas que demora em aparecer, em se fazer visível; a Noite Escura estende suas garras em uma inútil tentativa por aprisionar o novo dia. Os tempos encerram-se em si mesmos, menos o presente, pois ele pode tomar outras direções, pode romper com o passado e determinar outro futuro mais ameno para quem se atreve a fazê-lo. O presente se move na vertical, nos proporcionando a possibilidade de “n” escolhas: entre o micro e o macro cosmos, entre o Universo e nós, entre a Luz e as Sombras… Entre voar a um novo destino ou se afundar no que não pode ser. Só no presente somos livres, e nessa liberdade radica nossa vida, mas é de grande responsabilidade o fato de ser livre, porque isso nos torna o que queremos Ser a partir de nós mesmos e não do que nos foi imposto pelo passado. O passado é uma grande teia de aranha e não é fácil se soltar dela, pois nosso eu passado cria nosso eu presente e o ata na teia em uma tentativa de proteção e segurança; isso gera um vazio no futuro e deixamos de viver por medo e insegurança. Melhor viver presos na teia do passado que se arriscar e se machucar (pensamos). Essa teia é feita pelas nossas crenças, pelos nossos temores, pelos nossos medos. Medo de mudar, medo de caminhar, medo de se mostrar, medo de ser criticado, medo de não ser aceito. Medo de não cumprir com as expectativas dos outros, medo de ser originais, medo de não ser como os outros, medo de não pertencer a uma “tribo”, medo, medo, medo… Medo da separação e da morte, mas ironicamente é tudo isso o que nos mantêm afastados de tudo e de todos; é esse emaranhado de medos que nos mantêm presos no passado, nos impedindo de viver o presente, destruindo assim nosso futuro. - Como se livrar da teia? -Como romper com ela? azendo, atuando, se mostrando, aparecendo, ressurgindo… Renascendo! Não se pode mudar o passado no passado, mas sim se pode mudá-lo no presente, com vontade, com a nossa vontade para o nosso Caminho. -Antes era assim, mas agora no presente podemos fazer diferente, diferente do que era para ser e não queremos ou não nos serve. A grandes problemas, grandes soluções, uma reviravolta se faz necessária para romper com o passado e plantar um futuro desejado. Cada um deve honrar seus ancestrais, mas isso não significa viver como eles, porque a Vida precisa seguir seu curso segundo a Lei de Renovação. Sempre procuramos a segurança e o conforto; sair da teia, romper com ela significa romper com essas duas coisas, com esse estado do ser. É seguro viver no medo, atado ao passado, é confortável não se mexer, é seguro evitar ser julgados pelos nossos atos, para isso só precisamos da imobilidade que a teia nos proporciona. Mas essa imobilidade nos leva à cristalização e primeiro morremos interiormente pela não-vida que escolhemos, depois a morte nos alcança e nos leva em seus braços para o seio da Mãe Terra, para que possamos nos reconstruir e tentar uma vez mais criar uma espiral de vida real, um caminho reto e sem final, um caminho rumo à imortalidade do corpo e da Alma, mas não do espírito porque ele é a pequena aranha que tece a teia, era após era prendendo nosso presente, se alimentando de nossa energia mais densa: o medo! Porque ele tem medo, medo de deixar de existir, de deixar de ser. Ele é nosso espelho e o medo é reflexo do medo dele, então é preciso se livrar das ataduras do passado, é preciso deixar de ser o reflexo das experiências anteriores para poder criar um novo caminho de evolução.

quarta-feira, maio 07, 2014

“Chega de ligações, preocupações, sentimentos demonstrados aos extremos. Vou ficar mais relax mesmo, não quer me ligar, não liga, mas também não ligarei… E outro aviso que eu deixo também: isso tudo é só conversa mesmo, teóricamente falando, tá tudo certo. É quando chega na hora da prática que ferra com tudo.” Caio Fernando Abreu, por: ficacomigoessanoite.
Era uma vez o País das Fadas. Ninguém sabia direito onde ficava, e muita gente (a maioria) até duvidava que ficasse em algum lugar. Mesmo quem não duvidava (e eram poucos) também não tinha a menor idéia de como fazer para chegar lá. Mas, entre esses poucos, corria a certeza que, se quisesse mesmo chegar lá, você dava um jeito e acabava chegando. Só uma coisa era fundamental (e dificílima): acreditar. Era uma vez, também, nesse tempo (que nem tempo antigo, era, não; era tempo de agora, que nem o nosso), um homem que acreditava. Um homem comum, que lia jornais, via TV (e sentia medo, que nem a gente), era despedido, ficava duro (que nem a gente), tentava amar, não dava certo (que nem a gente). Em tudo, o homem era assim que nem a gente. Com aquela diferença enorme: era um homem que acreditava. Nada no bolso ou nas mãos, um dia ele resolveu sair em busca do País das Fadas. E saiu. Aconteceram milhares de coisas que não tem espaço aqui pra contar. Coisas duras, tristes, perigosas, assustadoras, O homem seguia sempre em frente. Meio de saia-justa, porque tinham dito pra ele (uns amigos najas) que mesmo chegando ao País das Fadas elas podiam simplesmente não gostar dele. E continuar invisíveis (o que era o de menos), ou até fazer maldades horríveis com o pobre. Assustado, inseguro, sozinho, cada vez mais faminto e triste, o homem que acreditava continuava caminhando. Chorava às vezes, rezava sempre. Pensava em fadas o tempo todo. E sem ninguém saber, em segredo, cada vez mais: acreditava, acreditava. Um dia, chegou à beira de um rio lamacento e furioso, de nenhuma beleza. Alguma coisa dentro dele disse que do outro lado daquele rio ficava o País das Fadas. Ele acreditou. Procurou inutilmente um barco, não havia: o único jeito era atravessar o rio a nado. Ele não era nenhum atleta (ao contrário), mas atravessou. Chegou à outra margem exausto, mas viu uma estradinha boba e sentiu que era por ali. Também acreditou. E foi caminhando pela estradinha boba, em direção àquilo em que acreditava. Então parou. Tão cansado estava, sentou numa pedra. E era tão bonito lá que pensou em descansar um pouco, coitado. Sem querer, dormiu. Quando abriu os olhos — quem estava pousada na pedra ao lado dele? Uma fada, é claro. Uma fadinha mínima assim do tamanho de um dedo mindinho, com asinhas transparentes e tudo a que as fadinhas têm direito. Muito encabulado, ele quis explicar que não tinha trazido quase nada e foi tirando dos bolsos tudo que lhe restava: farelos de pão, restos de papel, moedinhas. Morto de vergonha, colocou aquela miséria ao lado da fadinha. De repente, uma porção de outras fadinhas e fadinhos (eles também existem) despencaram de todos os lados sobre os pobres presentes do homem que acreditava. Espantado, ele percebeu que todos estavam gostando muito: riam sem parar, jogavam farelos uns nos outros, rolavam as moedinhas, na maior zona. Ao toquezinho deles, tudo virava ouro. Depois de brincarem um tempão, falaram pra ele que tinham adorado os presentes. E, em troca, iam ensinar um caminho de volta bem fácil. Que podia voltar quando quisesse por aquele caminho de volta (que era também de ida) fácil, seguro, rápido. Além do mais, podia trazer junto outra pessoa: teriam muito prazer em receber alguém de que o homem que acreditava gostasse. Era comum, que nem a gente. A única diferença é que ele era um Homem Que Acreditava. De repente, o homem estava num barco que deslizava sob colunas enormes, esculpidas em pedras. Lindas colunas cheias de formas sobre o rio manso como um tapete mágico onde ia o barquinho no qual ele estava. Algumas fadinhas esvoaçavam em volta, brincando. Era tudo tão gostoso que ele dormiu. E acordou no mesmo lugar (o seu quarto) de onde tinha saído um dia. Era de manhã bem cedo. O homem que acreditava abriu todas as janelas para o dia azul brilhante. Respirou fundo, sorriu. Ficou pensando em quem poderia convidar para ir com ele ao País das Fadas. Alguém de que gostasse muito e também acreditasse. Sorriu ainda mais quando, sem esforço, lembrou de uma porção de gente. Esse convite agora está sempre nos olhos dele: quem acredita sabe encontrar. Não garanto que foi feliz para sempre, mas o sorriso dele era lindo quando pensou todas essas coisas — ah, disso eu não tenho a menor dúvida. E você?
Daquele tempo nem tão distante, daqueles dias que até hoje duram às vezes duas, às vezes duzentas horas, restou esta sensação de que, como eles, também me vou tombando rápido dentro da boca de um vulcão aberto sem fôlego nem tempo para repetir como numa justificativa, ou oração, ou mantra, enquanto caio sem salvação no fogo que é verdade, que si, que no, que nadie puede mismo vivir sin amor.

terça-feira, maio 06, 2014

...mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado comigo: um dia encontro. (Dama da noite) Caio Fernando Abreu
Corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será.... Caio Fernando Abreu
Amor a gente não procura. É assim: você deixa a porta meio aberta, se distrai plantando girassóis e ele entra. Ele adora contrariar.
fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas.

segunda-feira, maio 05, 2014

A vida me parece bela e mágica, mas morro de saudade de você.... Caio Fernando Abreu
Eu sou um eterno apaixonado por palavras. Música. E pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida. Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece
Não ia ser legal você vir agora porque eu não sei exatamente o que sinto por você. Eu gosto de ficar ao seu lado, gosto quando você me escreve. Quer dizer, a sensação é boa, é clara. Mas eu não sei se posso dizer que te amo, que gostaria de ficar pra sempre com você. Eu realmente não sei. E no momento - como dizer? - de certa forma eu estou gostando de estar me sentindo assim, desamparado. Porque é como um teste. Agora eu quero ver como eu me viro, entende? E sozinho. Se você viesse, você ia ficar servindo de ponte entre mim e a realidade objetiva. E não seria bom, porque eu podia sei lá, até mesmo ficar com raiva de você e matar uma coisa que ainda nem cresceu direito. Não tenho pressa nenhuma. Nem em relação a você nem em relação a nenhuma coisa. Eu gostaria que tudo crescesse naturalmente.....”
Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada....

sexta-feira, maio 02, 2014