Pequenso detalhes......

" E la em baixo....uma rede de anjos amparava nossa
queda... (Caio Fernando Abreu )











quinta-feira, janeiro 31, 2013

Sinto que fiquei pequena demais de repente. E sinto sua falta como se parte de mim tivesse deixado de existir quando você foi embora. Hoje eu queria de volta tua risada. Hoje eu queria voltar no tempo só pra te buscar. -- Camila Heloise

TODOS POR TODOS

"E parecia uma menina cheia de fé em tudo aquilo que suspeitava real, embora invisível. (...) labiríntica em suas próprias tramas, tão densas que freqüentemente surpreendo-me atingindo o ponto oposto ao de minha rota anterior." Caio Fernando Abreu
"Lembro-me de levantar ao amanhecer. Havia tamanha sensação de possibilidades, sabe essa sensação? Eu me lembro de ter pensado:'Este é o inicio da felicidade. É aqui que começa. E, sem dúvida, sempre haverá mais'. Nunca me ocorreu que não era o começo. Era felicidade. Era o momento. Naquele exato momento." [As Horas]

terça-feira, janeiro 22, 2013

A cada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo. Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino. Martha Medeiros
Então, não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado menina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo. Caio Fernando Abreu
Ela me olhava triste. Eu não suportava seu olhar triste a lembrar-me das vezes todas que o tinha procurado inultilmente pelas ruas sem encontrá-la Caio Fernando Abreu
Tentei te sentir em outros toques, te beijar em outras bocas, te tocar em outros corpos, te amar em outros corações, mas no final vi o que não queria, vi que nenhum deles, era você.
- O que você quer para o futuro? - Você fugiria se eu dissesse, ''você''? - Você viria atrás de mim?

sexta-feira, janeiro 18, 2013

"A mente sem controle flutua na superfície dos acontecimentos como uma folha levada ao vento. Posses, outras pessoas, atividades, passado e futuro, são os principais campos por onde ela pode vaguear. A questão não é fugir desses limites mas saber lidar com eles, mudando o enfoque. As posses são meios e não fins. As atividades podem ser transformadas em atos de servir. O passado me ensinou tanto e o futuro me aguarda de braços abertos." Brahma Kumaris
Em luta, meu ser se parte em dois. Um que foge, outro que aceita. C.F.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Proved by Hahnemann, has a marked action on the skin hear and nervous system producing and curing paralytic conditions with cramp-like contractions of upper extremities, Hemiplegia, difficult articulation weak memory, slow perception, melancholy, with obstinate constipation. action on skin especially the scalp. Rumbling in the abdomen with diarrhea, burning in anus, worse in the morning in children, ... Blackwood A L writes this remedy is indicated in eczema there is a violent itching, bleeding, oozing eruption. The skin is very sensitive, the slightest friction causes soreness and chapping. While this condition may appear at any point, it is often at the margin of the hair. It is also useful in paralytic conditions, Hemiplegia, paraplegia, painless paralysis with swelling, burning, and stiffness of the fingers. Compare with Conium maculatum, Rhus toxicodendrum, and Lathyrus. Peculiarity of this remedy is better looking side wise, wore after suckling, rubbing, undressing. Boger CM, a Synoptic Key of the M.M. writes Numbing, paretic effects on limbs and skin, sopor, tremulous weakness, sense of vibration emptiness in stomach and chest, after eating amel by brandy. Sadness with lack of confidence and power, distraction, slow comprehension, vertigo, numb tongue, thin, lienteric stool escapes with the flatus, Moist milk crust, agg. occiput, paresis infantile paralysis. for Impetigo, and violent itching with smarting after scratching, scurfy eruptions, the epidermis peels off. itching pimples, scaly eruptions-humid, scald head, humid, fetid spots behind the ears,, red rough herpes before the ear. (colaboraçao : Rosemary Rezende )

segunda-feira, janeiro 14, 2013

"às vezes o que parece um descaminho na verdade é um caminho inaparente que conduz a outro caminho melhor" Caio F
" Eu? Eu não sou somente boa. Sou uma pessoa muito bonita. Generosa e linda – e quem aguentar, aguentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu." Fernanda Young

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Carta Anonima

Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra. Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você - seria, seriam? Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues. Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua. Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade, um beijo.” (Caio F )

terça-feira, janeiro 08, 2013

"Esquisito é que as uvas cor-de-rosa sempre eram as últimas a amadurecer. Desde dezembro, ficava todo mundo de olho nelas, na maior impaciência. Lá pelo Natal, amadureciam as pretas. As brancas só amadureciam no meio de janeiro (...) Mas as cor-de-rosa... Meu Deus, como as diabas demoravam: só na altura do Carnaval. Isso que todo dia a gente cuidava. (...)
Outra coisa que eu penso quando me lembro daquelas uvas cor-de-rosa é que, na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer." Caio Fernando Abreu ( para Marta Fontes )
"Toma um café, que o mundo acabou faz tempo." Caio Fernando Abreu
"...Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula porra-louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, puro simulacro. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada." (Caio Fernando Abreu, Dama da Noite)

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Amor de verdade liberta. Vício é jaula.
De todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz.
Me recuso a dar informações Sobre o paradeiro das minhas idéias malditas Elas se escondem bem demais Só eu sei o caminho Só eu sei em quem dói mais
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades. Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais fal...ei ou cruzei. Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter,dos dias do Ano Novo..... se Deus quiser. Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro. Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser. Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre. Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter. Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências. Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer. Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar. Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar. Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que… não sei onde… para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi… Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês… mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota. Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando estamos desesperados… para contar dinheiro… fazer amor… declarar sentimentos fortes… seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples “I miss you” ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades. Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito,destes ultimos dias...... meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis. De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência....que a vida é assim menina....brilhos nos olhos , abraços apertados....algumas noites insones.....aventuras.......amor......fazer valer......

Adri Adri

Existe um ponto mágico na vida da gente. Vou-não-vou. É aquele momento da faca no pescoço, do corta-não-corta, do passo-pra-frente, passo-pro-lado, passo-pra-trás. Fiquei emperrada feito porta antiga, comida por cupins e bichos que nem nome têm, porta pesada e cheia de marcas, arranhões, cicatrizes de chutes, batidas, tropeções violentos e histórias. Rangendo feito filmes de terror. Cena clássica: vento fazendo uhh-uhh, raios, trovões, mansão isolada, o nada. Chuva que cai, porta que range. Grito, socorro, sussurro. Senti pena e algumas agulhas de acupuntura cravadas no corpo inteiro. Pequenas e intensas fisgadas. Uma pena de mim, do meu ponto mágico, do momento é-não-é, da vontade de voltar, ir, ficar. Por que a memória às vezes paralisa? E se eu tivesse ficado? Teria sido diferente? Outro futuro, nova rotina, talvez o horário do despertador mudasse. De repente eu teria pintado o cabelo e entrado em um curso de alemão. E se eu pudesse apertar em um botão que fizesse a vida retroceder? Ver o que passou em uma tela grande e plana, cheia de cores, nitidez e saudade. E se o ponto mágico voltasse? Primeiro, uma tosse funda. E depois, aconteceu: o futuro é hoje. Eu teria feito tudo igual. ..........