Pequenso detalhes......

" E la em baixo....uma rede de anjos amparava nossa
queda... (Caio Fernando Abreu )











sábado, junho 30, 2012

Parai de armazenar para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde ladrões arrombam e furtam. Antes, armazenai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde ladrões não arrombam nem furtam. Pois, onde estiver o teu tesouro, ali está também o teu coração. Texto Bíblico Mateus - 6, 19:21
"Frescor agradecido de capim molhado Como alguém que chorou e depois sentiu uma grande, uma quase envergonhada alegria. Por ter a vida Continuando..." [Mário Quintana]
'Uma estrela cadente riscou o céu. Pensei em fazer um pedido, era meu aniversário. Mas não tinha nada para pedir. As coisas vivas, pensei, as coisas vivas não precisam pedir.' Caio Fernando Abreu

sexta-feira, junho 29, 2012

nada é muito quando é demais.” Caio Fernando Abreu

DESPIR SE

Escrever é como despir-se. É impossível querer que as minhas palavras não me exponham, é inevitável que elas me arranquem peça por peça de roupa, e é muita ingenuidade achar que elas gerarão reações idênticas. As mesmas palavras que emocionam ou fazem rir, causam repulsa e contrariam. Geram polêmica e desconforto, da mesma maneira que confortam. E, de uma forma ou de outra, me tornam vulnerável. Escrever num blog tem sido, para mim, um exercício fascinante de nudez e de descoberta de partes de mim que estavam tão cobertas e protegidas que eu mesmo desconhecia....de uma forma distante que aprendi nao sei como te desejar e te mar deste modo tanto..............
Eu não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender, e deixar de sentir. Caio Fernando Abreu

viu???

Eu me apaixono mesmo, eu sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso.

AQUISIÇAO

“A mente é a base de tudo. Ela pode transformar você em qualquer coisa. Torná-lo como um oceano, se você pensou contínua e firmemente sobre coisas profundas. Torná-lo como o céu, se você a esvaziou o bastante para ser livre. Torná-lo como um trecho de terra plana, se você renunciou à sofisticação. A aquisição é ser como a natureza, um recurso para a vida. Não interferindo, mas estando ali, disponível.” Brahma Kumaris
Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será. Caio.F

quinta-feira, junho 28, 2012

Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, mas pra você parece estar tudo bem. — Caio Fernando Abreu.

INFLUENCIA

“A prática de pensar sobre as fraquezas dos outros nos leva para baixo, para as esferas da sua influência negativa. Sendo assim, nos tornamos influenciados pela carga dos pensamentos ao invés de sermos o influenciador dos pensamentos. Para eliminar o hábito de demorar-se sobre o vácuo das fraquezas dos outros, pense sobre suas próprias virtudes e no que está faltando em sua esfera de influência positiva.” Brahma Kumaris
Quando há sol, esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante… Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.” (Caio )
Eu chorava e não entendia, apenas não entendia, e não entender dói, e a dor fazia com que eu chorasse. Eu sentia saudade, uma saudade apertada da gente, principalmente da gente. — Caio Fernando Abreu.
"Muitas doenças da alma decorrem do fato de que nos levamos a sério. Os demônios são sérios e graves. Deus é leve e ri. "O riso é o início da oração"

quarta-feira, junho 27, 2012

Tô fazendo minha parte: te esperar. Faça a sua: chegue. — Caio Fernando Abreu
Não, os jardins não morrem no inverno, como os animais ou as pessoas, principalmente as mais velhas, apenas sofrem um pouco mais fundo do que de costume. Alguns, verdade, sucumbem. Minha vó Doisa , por exemplo, costumava dizer: “Acho que deste agosto não passo”. E houve um do qual realmente não passou. Mas isso talvez fosse o destino, ou morre-se mais facilmente no inverno? sobretudo invernos gaúchos, quando o minuano vara frestas e fendas para cortar a pele feito navalha gelada. Enregelados, atravessamos agostos que parecem eternos e, nos setembros, suspiramos quase leves outra vez: “Meu Deus, passou”. O que vezenquando é puro engano: há pequenos junos e julhos embutidos no entremeio dos doidos agostos. Coisas assim, eu penso e aprendo olhando meu jardim sobrevivente. Óbvias, quem sabe. Pra mim, não: é que nunca antes na vida tive um jardim. Que nem sequer, e ainda bem, é só meu. Tem a mão mais antiga de meu pai, e também o “dedo verde” de minha irmã Viviane la em Porto Alegre , que me ensina toques espertos contra pragas.
Por que existem as pragas. Ah, se existem. E bem mais que as sete bíblicas. Fora os junhos e julhos , formigas-cortadeiras, caracóis, lesmas, pulgões, ácaros, cochonilhas e falanges do mal de nome ainda mais esquisito que esse último. Armados até os dentes, lutamos. Todo santo dia. Guerra sem tréguas, Bósnia.
Contabilizo perdas: foram-se a angélica, begônias, lágrimas.de.cristo que eu achava que eram brincos-de-princesa (meu pai jurava que voltavam), uma dália amarelinha adorada pelos erês de Oxum e outras muitas. A hortênsia empacou, o jasmineiro agonizou, mas resistiu bravo. Já as margaridas ficaram ainda mais folhudas, os gerânios cresceram loucamente e as roseiras se revelaram inesperadamente fortes, com menos de um ano de vida e de um metro de altura. A branca Lygia certos dias chegou a render nada menos que seis rosas. Todas abertas ao mesmo tempo, numa apoteose a Oxalá (sugestão para fantasia carnavalesca). O belo fica ainda mais belo, quando também é forte? Pois é. E teve certa amarílis, que neste final de junho dei por perdida. Semana passada, arrancando baldes de ervas-daninhas de nojentas raízes brancas estranguladoras, a alegria: como uma ponta de espada brotando da terra, miniexcalibur. Ao contrário, lá estava a amarílis nascendo outra vez. Limpei mais, adorei, conversei, bravo, é isso aí, minha filha, não se entrega não. Happy end? Ledo engano: manhã seguinte, a pontinha de espada não passava de um toco roído durante a noite não sei por que abanteÁsma (só mesmo usando essa palavra) das trevas. Continuamos lutando, juntos, a amarílis e eu. Mas quando você pensa que um perigo medonho passou é porque outro ainda pior está vindo? Oh, Deus. E o perigo-passado realmente deixou você mais forte para o perigo-vindouro? E se só ficou o cansaço e se a amariis desistir? E se eu desistir e for cuidar das verbenas, cravinas e amores-perfeitos que acabei de plantar? Aprendem-se coisas, eu dizia. Vezenquando, assustadoras. Mas lutamos, eu também dizia. E olho agora para trás e vejo na estante às minhas costas, bem à frente de um livro com reproduções do Arnaldo Jabor , aquela árvore japonesa da fortuna e da felicidade, quando percebi que não superaria o inverno, transplantei-a do jardim para o meu quarto. Era um resto negro calcinado pela geada. E quase invisível, um pontinho verde de vida na base. Fui até lá agora e medi: está Com mais de meio palmo de altura empinadíssima, viva.
Então eu agradeço, eu tenho medo e espanto e terror e ao mesmo tempo maravilhamento e outras coisas com e sem nome, mas agradeço. Aos deuses dos jardins, aos deuses dos homens, aos deuses do tempo e até aos das ervas daninhas que nos fazem lutar feito tigres feridos fundo no peito, sim, eu agradeço. (pequenos relatos desabafos e relatos da minha história, com meu pai,meus dias , minha montanha , meus amores, meus jardins, meus desejos… De mim!

domingo, junho 24, 2012

Quando percebi, estava olhando para as pessoas como se soubesse alguma coisa delas que nem elas mesmas sabiam. Ou então como se as transpassasse. Eram bichos brancos e sujos. Quando as transpassava, via o que tinha sido antes delas, e o que tinha sido antes delas era uma coisa sem cor nem forma, eu podia deixar meus olhos descansarem lá porque eles não se preocupavam em dar nome ou cor ou jeito a nenhuma coisa, era um branco liso e calmo. Mas esse branco liso e calmo me assustava e, quando tentava voltar atrás, começava a ver nas pessoas o que elas não sabiam de si mesmas, e isso era ainda mais terrível. O que elas não sabiam de si era tão assustador que me sentia como se tivesse violado uma sepultura fechada havia vários séculos. A maldição cairia sobre mim: ninguém me perdoaria jamais se soubesse que eu ousara. Ninguém me perdoaria se soubesse que eu sei o que elas são, o que elas eram.
Olha em torno, o vazio do olhar fundindo-se com o vazio da sala. As pessoas, máscaras penduradas em corpos, o colorido das roupas gritando alto como se pudesse emprestar alguma individualidade ao que não era sequer sombra. Um detalhado roteiro, feito dissesse dissimulado ‘estou esperando, você pode me encontrar’. Ah como doía manter-se assim disponível, [...] cAIO FERNANDO ABREU
Porque é isso: o amor, primeiro, é toque na pele arrepiada de encanto que reveste a alma. Depois, sopra o seu arrepio pra pele encantada que reveste o corpo. Então, acontece o milagre do corpo e da alma se encontrarem, se abraçarem, e se misturarem num encanto só.

sábado, junho 23, 2012

- Oi-tudo-bem-e-aí-tô-ligando-pra-saber-se-você-vai-fazer-alguma-coisa-hoje-à-noite. Como se a gente tivesse obrigação de fazer alguma coisa toda noite. Só porque é sábado. Essa obsessão urbanóide de aliviar a neurose a qualquer preço nos fins de semana, pode? Tenho vontade de dizer nada, não vou fazer absolutamente nada. Só talvez, mais tarde, se estiver de saco muito cheio, tentar o suicídio [...] (Caio fernando abreu )
Só quem arrepia cada centímetro do seu corpo e faz você sentir o sangue bombear num ritmo charmoso, é capaz de estragar o mundo quando parte.
"Eu sei o que você pensa quando olha para mim. Talvez se eu fosse mais comportada, falasse mais baixo e não chamasse tanta atenção. Talvez se eu bebesse um pouco menos, te desse menos trabalho e não fosse tão do agora. Talvez se eu não tivesse chegado tão perto, nem te tocado tão fundo, nem sido tão eu. Talvez haveria alguma possibilidade." (Caio F. Abreu)

sexta-feira, junho 22, 2012

Preciso dela, amanhã de manhã. Quando o mundo continuará igual. cAIO FERNANDO ABREU

VIVA LA VITA

Reflexão para tempos de mudanças O Universo é cíclico. Temos tempos de guerra e de paz. De repente, muda tudo: aquilo que não foi resolvido até então está batendo à sua porta. É o universo cobrando a conta. O seu emprego é uma porcaria e não vai te levar à lugar nenhum, mas você continua lá acomodado, daí vem uma carta de demissão e resolve o caso. O seu relacionamento não te acrescenta nada e você finge que é feliz por medo da solidão, daí seu amor arruma outra pessoa e resolve o caso. O Universo trabalha a nosso favor para que tenhamos coragem de sair da acomodação. Você chora quando perde o emprego ou quando perde seu amor, mas depois você reconhece que era exatamente isso que você estava desejando há muito tempo. Aquela divida esquecida, aquele problema mal resolvido, aquele chove não molha, acaba. O Universo acaba com a enrolação: ou você decide ou decidem por você. E o contra-ataque é complicado. Não aceitar as mudanças necessárias ou ver este despertar como uma cobrança, pode causar sérios problemas emocionais e psíquicos. Dá uma sensação de impotência, de descaso consigo mesmo, que pode gerar doenças, desde uma leve depressão a uma forte crise de Pânico. E tudo isso é só um despertar. Então, neste momento, olhe para a sua vida e veja o que precisa de conserto, o que precisa de descarte, o que precisa de faxina. Certamente a nova ordem dará lugar ao caos em sua vida. Não espere que o Universo venha decidir por você, adiante-se, chute os baldes e as barracas em prol da sua verdadeira felicidade. Se você ainda não sabe o que te faz verdadeiramente feliz, saiba que a felicidade é um estado interno, que é reforçado pela ordem nas coisas. Um bom relacionamento, um trabalho realizador, paz de espírito, são coisas que todos querem, sempre. Mas é preciso saber onde está isso tudo dentro de si mesmo. Eleja algo que te pareça mais urgente e invista. Não espere o Universo vir cobrar, porque a conta do Universo tem juros altos, encargos pesados, mas mesmo assim é só um momento de decisões e de mudanças.

quinta-feira, junho 21, 2012

. Não, os jardins não morrem no inverno, (…) apenas sofrem um pouco mais fundo do que de costume. Coisas assim, eu penso e aprendo olhando meu jardim sobrevivente
“O que quero dizer é justamente o que estou dizendo. Não estou com pena de mim. Tá tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite. Meu coração continua batendo – taquicárdico, como sempre. Tá limpo. Sem ironias. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar.” Caio Fernando Abreu
"Faz frio hoje. O inverno está chegando. Estranho, o inverno sempre me deixa um pouco mais profundo. Me volto para dentro de mim mesmo, tenho a impressão exata de que me pareço com um dos plátanos da praça aí de baixo: hirto, seco, mas guardando alguma coisa por dentro." (Caio F. Abreu)
"Não sei fingir. Abraço minhas vontades, mesmo que a minha cara fique roxa de tanto apanhar. Cumpro minhas promessas, mesmo que me doa. Não brinco com os outros para me distrair, tampouco dou uma de boa samaritana para depois me esconder atrás da moita. Isso não. Por isso, digo e repito: gosto de gente de verdade. Se você é assim, por favor, senta aqui e vamos conversar." (Caio F. Abreu)

quarta-feira, junho 20, 2012

É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ela, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parado, bêbado, pateta e ridículo, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo:um dia encontro. Caio Fernando Abreu.
Hoje é dia de Lua nova, dia de novas intenções a serem realizadas durante este mês de junho. A Lua Nova indica uma época de novos começos, de plantar sementes e estabelecer intenções e esta Lua Nova ocorre em uma cruz cardinal incentivando a ação iniciadora. E a Lua Nova vem acompanhada de um eclipse a 09º12' do signo de Câncer, provocando um confronto entre o passado, o presente e o futuro, mas são as influências do passado que se tornam mais exaltadas. É a oportunidade de conscientizarmos de nossas emoções escondidas, das questões dificeis na familia, dos problemas nos romances, das relações dependentes, dos ressentimentos e das mágoas antigas que ainda carregamos em nós. O Sol e Lua em aspecto desafiante com Urano e Plutão revela questões do passado que necessitam de solução, além da necessidade de uma nova postura perante a vida. Em alguns casos será necessário abandonar alguns comportamentos ou situações que vem demonstrando resultados negativos. Nessa semana é recomendável evitar atritos, o controle dos relacionamentos, não pressionar e não desafiar os outros. É necessário adotar uma estratégia de negociação e diálogo, pois esse é um tipo de aspecto que não viabiliza ultimatos. Os eclipses tendem a abrir portas nos convidando a novos caminhos, iluminando e estimulando áreas de nossas vidas que precisam da nossa atenção, sendo um momento de recolhimento, fechamento, finalização e reinício. Voltando nosso pensamento para o passado, nos permite rever e examinar as escolhas do passado. Muitas vezes, o eclipse atua como energizador, trazendo para a superfície problemas escondidos de forma imprevisível. As boas experiências podem ser reaproveitadas; os erros devem ser analisados e corrigidos. É importante concluir o que está inacabado dando prioridade às pendências, desistindo de atitudes que não contribuem para uma melhor qualidade de vida. A concentração de energias que irão eclodir, atuarão ao longo dos próximos 6 meses promovendo a exposição de coisas ocultas que atuavam nas sombras, mas que reluzem de tal forma que é impossível escondê-las. Este eclipse ocorre pouco antes da Lua nova de Câncer e coloca em destaque todas as questões relacionadas ao signo de câncer: medos, lembranças frustrantes, dificuldades emocionais. Sol e Lua opostos à Plutão, ativam tudo o que temos evitado, o que há de mais oculto em nós. A Lua Nova em Câncer é feminina, fértil, misteriosa e mediúnica. Câncer é o signo das águas, das emoções, da introspecção e receptividade. Câncer é a mãe que dá a vida e protege, alimenta e dá segurança. Por isso, alimente e proteja a si mesmo. Assim como um bebê que intuitivamente sabe quando deve alimentar-se, busque alimentar os seus sonhos e os seus projetos de vida. Muitas vezes não é possível proteger-se de todos os acontecimentos externos, mas você pode proteger os seus sentimentos em relação a eles, confiando que será capaz de ultrapassá-los. Se você quer ter sucesso em seus empreendimentos, alimente a sua autoestima o que fará aumentar a sua autoconfiança e assim poderá realizar o que deseja. Não deixe que as preocupações possam estagnar o seu entusiasmo. As suas possibilidades estão diretamente relacionadas aos seus padrões de pensamento. Imagine o que faria se todos os obstáculos e medos fossem removidos. Você é capaz de criar a realidade que você imagina apesar das influências externas. Busque inspiração na sintonia com a natureza, caminhe pela praia, pelos campos, pelos jardins etc. Júpiter em Touro continua a dar-nos o benefício de ver a realidade mais profunda da natureza como um reflexo de nós mesmos, que pode nos dar um impulso imediato. Olhe para as árvores, olhe para os pássaros, olhe para as nuvens, olhe as estrelas... E se você ver bem, verá que toda a existência é alegre. Olhe para si mesmo, suas ações e motivações. Abandone o que não lhe faz bem e nutra-se com amor e sabedoria. O signo de Câncer é o poder oculto da mulher, de todos os inícios, que traz a fecundidade capaz de gerar um novo mundo que será exposto quando a Lua chegar ao signo de Leão. Veja-se na luz, como uma mãe vê o seu filho...
"Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínico com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão bobo e perdido teria sido fatal." (Caio F. Abreu)

pensando na chuva......

Eu já passei da idade de ter um tipo físico de mulher ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranha (bem estranha).Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de Rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star. Uma coisa meio Drave Grohl. Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock'n roll, mas confesso que muita coisa mudou.É pessoal, não te jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando a paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em "amor da vida", um amor pra vida da gente aparece.Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre.Sem borboletas no estômago.Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece a "guria " .Começa, aos poucos,a admirá-la. A achá-la FODA. E, quando vê, tá fazendo coraçãozinho com a mão igual um pangaré.(E escrevendo textos no blog para que ela entenda uma coisa: dessa vez, minha cara, é DIFERENTE). Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ela não vai fazer declarações romanticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você surta "oi", te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez. Ah, crianças , sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor.DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçado sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar no seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.....e sem a Swell latir.... Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e os meus livros iriam parar na seção B de auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, CARAMBA! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser o amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesmo que não tinha conhecido. Sei que já falei muito sobre o amor, acho que é o grande tema da vida da gente....desse nosso blog... Mas amor não é só poesia e refrões. Amor é RECONSTRUÇÃO. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos para pra concordar com meu querido (e sempre citado)Cazuza: "eu quero um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida". Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava ( e não dizia): porra, que tédio! Ah Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar- ah, o amor!- AMAR É TUDO.... AMAR É PUNK

ELA SEMPRE ME SORRIA

Eu podia falar lento, deixando o que dizia escorregar da garganta para a língua, da língua em movimento contra o céu da boca para os lábios, que com o ar soprado entre os dentes formaria palavras um pouco ao acaso, sem muita importância, dizendo coisas como: — Eu sentia que era ela.
Sempre podíamos ouvir a chuva, seu bater compassado na vidraça. Ou acompanhar com os olhos as gotas escorrendo atrás do roxo e do amarelo. De pontos diferentes, às vezes duas gotas deslizavam juntas para encontrarem-se em outro ponto, formando uma terceira gota maior. Caio Fernando. ( chove muito....Pindamonhangaba , junho de 2012 )

terça-feira, junho 19, 2012

"EU - Você gosta de mar? ELA - Gosto. Parece uma coisa que eu sinto às vezes por dentro...'' (Caio Fernando Abreu)
(...) Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”, feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.... (Caio Fernando Abreu )

segunda-feira, junho 18, 2012

Fim de tarde. Dia banal, domingo , quarta-feira, sexta feira Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Do Bosque desta pequena cidade , fui subindo pela rua , enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/que era sofrer?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme. Resplandecente de infelicidade, eu subia pela ladeira no fim de tarde do dia Tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto de alguém que me salvasse do pecado de querer abrir o gás. Foi então que a vi. Estava encostada na porta de um bar. Um bar brega - aqueles de pequena -cidade, não pequenos -jardins. Uma menina , isso era o mais visível nela. Cabelo malpintado, cara muito maquiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil, puro lugar comum patético. Em pé, de costas para o bar, encostada na porta, ela olhava a rua. Na mão direita tinha um cigarro, na esquerda um copo de cerveja. E chorava, ela chorava. Sem escândalo, sem gemidos nem soluços, a menina na frente do bar chorava devagar, de verdade. A tinta da cara escorria com as lágrimas. Meio palhaça, chorava olhando a rua. Vez em quando, dava uma tragada no cigarro, um gole na cerveja. E continuava a chorar - exposta, imoral, escandalosa - sem se importar que a vissem sofrendo. Eu vi. Ela não me viu. Não via ninguém, acho. Tão voltada para a própria dor que estava, também, meio cega. Via pra dentro: charco, arame farpado, grades. Ninguém parou. Eu, também, não. Não era um espetáculo imperdível, não era uma dor reluzente de néon, não estava enquadrada ou decupada. Era uma dor sujinha como lençol usado por um mês, sem lavar, pobrinha como buraco na sola do sapato. Furo na meia, dente cariado. Dor sem glamour, de gente habitando aquela camada casca grossa da vida. Sem o recurso dessas benditas levezas de cada dia - uma dúzia de rosas, uma música de Caetano, uma caixa de figos. Comecei a emergir. Comparada à dor dela, que ridícula a minha, dor de brasileiro-médio-privilegiado. Fui caminhando mais leve. Mas só quando cheguei outras ruas compreendi um pouco mais. Aquela menina chorando, além de eu mesmo, era também o Brasil. Brasil 2012 : explorado, humilhado, pobre, escroto, vulgar, maltratado, abandonado, sem um tostão, cheio de dívidas, solidão, doença e medo. Cerveja e cigarro na porta do boteco vagabundo: carnaval, futebol. E lágrimas. Quem consola aquela menina ? Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde. Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim. E fez. Quando gemeu "dói tanto", contei da moça menina chorando, bebendo e fumando (como num bolero). E quando ele perguntou "porquê?", compreendi ainda mais. Falei: "Porque é daí que nascem as canções". E senti um amor imenso. Por tudo, sem pedir nada de volta. Não-ter pode ser bonito, descobri. Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?

TRANSFORMAÇAO

Você não deve manter os vício confinados dentro de você como prisioneiros. Prisioneiros estão sempre planejando escapar. Mas, se você transformar seus vícios em amigos, eles podem ajudar. Por exemplo, você sabia que a energia que você gasta com sua teimosia é quase igual à exigida pela determinação; então utilize sua força em algo positivo. Transferindo energia você consegue transformar a raiva em tolerância, a ganância em contentamento, a arrogância em auto-respeito. É apenas uma questão de atitude. (por Brahma Kumaris)
Falo banalidades, sei, mas amor é magia, condão, pedra de toque. Caio Fernando

domingo, junho 17, 2012

sábado, junho 16, 2012

Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechado sozinho perdido no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada. Caio Fernando Abreu

sabados

Estar sozinho é engraçado, louco, angustiante, libertário e triste, tal qual estar com alguém. No entanto, estar sozinho é absolutamente o oposto de estar com alguém. Estar sozinho é fechar as mãos no nada quando se atravessa a rua correndo e não se tem uma mão para segurar. É acordar sem saber o que será do dia porque planejar sozinho dá preguiça. É falar a coisa mais engraçada do mundo para alguém que não vai rir, porque ninguém te entende tão bem. É ficar louca sem cúmplice. Não tem graça ser fora da lei sozinho. É querer contar tanta coisa para alguém, mas para quem? A vida simplesmente acontece para quem está sozinho, às vezes sem que a gente perceba, pois é mais fácil ter noção de si mesmo através de outra pessoa. Estar sozinho é fazer dengo sozinho na cama, sem ninguém para apenas encaminhar o ombro um pouco mais perto. É comer doce demais porque sua boca precisa de um incentivo para continuar salivando vida. É comer doce demais porque estar sozinho dá uma tremedeira estúpida de hipoglicemia. É o doce que substitui mal e amargamente o sexo. Estar sozinho é dormir até tarde no domingo. Não para congelar o tempo na alegria, mas para fazer de conta que o tempo não existe. É conviver com a ansiedade de que você pode encontrar alguém especial a cada esquina, então você tenta ficar bonita. Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada. Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão. Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido. Estar sozinho é usar roupas provocantes sem se sentir sexy com elas. É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada. É morrer de medo do nada que fica no estômago. Estar sozinho é uma coisa física, ou melhor, é a falta dela. Você se sente oco por dentro, por isso aquele respiro profundo de lamentação. É cogitar enlouquecer. O ombro pesa porque é tenso ficar sozinho. E porque não tem ninguém pra te fazer massagem também. Quando chove, venta, escurece, e você está sozinho, você lembra de Deus e do quanto é pequeno. Estar sozinho é se aproximar de Deus por piedade própria e não por agradecimento, que é o que nos faz aproximar Dele quando estamos amando. Estar sozinho é detestar ficar em casa. Ficar em casa sozinho, quando se está sozinho, é muita solidão. Então você sai, só para não ficar em casa sozinho. E descobre o quanto você é sozinho. E volta pra casa sozinho, e chora vendo fotos. Estar sozinho é implorar paixão e loucura com um olhar para o carro ao lado, segundos antes de você ver que ele não está sozinho. É trabalhar para passar o tempo e só conseguir escrever títulos, roteiros, spots e textos chatos, sem inspiração. É procurar um olhar pela rua e andar por aí com cara de louco. É estar pronta para algo novo e não agüentar mais dias iguais. É ocupar a vida de açúcar, intrigas, fofocas, encrencas. Aventuras tortas. É ocupar a vida dos outros com reclamações, lamentações, dúvidas e carências. Resumindo: estar sozinho é triste, enche o saco dos outros e deve fazer mal para a saúde.
Que suas lembranças não sejam o que faltou dizer. — Fabrício Carpinejar
Descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar. O Caçador de Pipas
Não posso mentir a você, não quero. Mas por favor não fantasie, menina, não seja demasiado adolescente. Como eu te escrevi várias vezes, é no nosso encontro, cara a cara, olho a olho, que as coisas vão se definir. Veja se você consegue separar o sonho da realidade. Caio F. Abreu
Vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Caio Fernando Abreu

sexta-feira, junho 15, 2012

Cada vez mais lento eu caminhava. Para longe do rio. Para longe da pedra. Para longe do medo. Para longe de mim... Caio Fernando Abreuu
As pessoas têm que entender que bonita não é gostosa, inteligente não é nerd, tímida não é santa e comer é para comida e não para mulher! Quer coxa e peito? Compra um frango.

PAI

“Você já pensou na possibilidade de ter dois pais? Assim como você tem um pai biológico e físico, imagine a existência de um Pai Espiritual. O primeiro é o pai do corpo, o segundo é o Pai da alma. O primeiro tem apenas um nome. O segundo tem vários nomes (Deus, Alah, Senhor, Criador, Supremo, Shiva, etc.) mas você pode escolher chamá-lo de Baba. Na Índia, a palavra baba quer dizer papai. Essa palavra é tão doce! Ao pronunciá-la, você sentirá muita proximidade e familiaridade com Ele. E Baba irá sussurrar no seu coração: você é o meu filho há muito tempo perdido e agora encontrado. ” Brahma Kumaris
Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Caio F. Abreu
"Deixa eu te beijar até você sentir vontade de tirar a roupa." — Charlie Brown Junior

SIMPLICIDADE

Para as pessoas com visão superficial, a simplicidade pode parecer comum e sem graça. Mas, para quem tem um insight refinado de artista, um simples vislumbre de simplicidade é suficiente para reconhecer uma obra-prima. Ela á aparente na face – sem perturbação, fraqueza e raiva, e, incorporá-la é ficar livre de desejos materiais que apenas distraem o intelecto. Isso não significa não querer e não ter nada; significa ter tudo o que é necessário até o preenchimento interior. (por Brahma Kumaris)

quinta-feira, junho 14, 2012

"Não é da natureza do Amor forçar um relacionamento,mas é da natureza do Amor abrir o caminho." ( Ubatuba , 13 06 2012 )