Pequenso detalhes......

" E la em baixo....uma rede de anjos amparava nossa
queda... (Caio Fernando Abreu )











quinta-feira, setembro 22, 2011

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23 de setembro de 2011, Equinócio da Primavera no Hemisfério Sul.

O dia e a noite duram exatamente o mesmo número de horas; o sol incide igualmente sobre os dois hemisférios da Terra. Um momento preciso, um instante astronômico, uma figura única na coreografia que o planeta executa ao redor do Sol. A frase “somos todos iguais sob o sol” consegue adquirir sentido semântico pleno.


Há algo que hipnotiza no balé dos astros, algo a que a mente humana é adicta, ainda que nem sempre compreenda. Há fascínio na observação do céu. Os planetas rodopiam, marcham, brincam de pique. Vênus nasce e morre todas as noites; cometas surgem e desaparecem, estrelas cadentes riscam o céu como um traço de giz que se evanesce. O olho da Lua brilha como uma pupila amarelo-prateada no céu, ou cerra lentamente as pálpebras como se adormecesse fatigada após semanas de vigília.


De repente, tua matéria e a minha se chocam, colidem com uma troca de substância que nos muda para sempre, tal qual a Terra atingida por um astro errante que lhe arrancou a Lua.....



a colisão nos arremessou para galáxias tão distantes uma da outra como podem ser os destinos destas vidinhas humanas.........


Sim, pois não é a estrela mais distante a que mais fascina…?




e de dois mundos imperfeitos, a colisão criou um único astro ainda imaturo, buscando a luz e o equilíbrio.




É equinócio neste nosso mundo novo, ainda cheio de vulcões primitivos e de continentes em formação. Há água, há oxigênio, há o pulsar da aurora boreal em nossos pólos. Hoje o sol brilha igualmente em nossas duas metades, nossas duas individualidades, nossos dois hemisférios que hoje formam um planeta só. Há uma promessa de vida a brotar lenta e decididamente, à procura do solstício de nossos sonhos… buscando violar uma regra cósmica, pretendo girar sempre em louca harmonia e equilíbrio ao redor de nosso Sol, um equinócio eterno de luz por igual para as duas metades, uma busca de mãos unidas pelo ciclo fugidio da felicidade.






Vem comigo pelo firmamento, risquemos nós dois o céu feito um só astro cadente… quem sabe assim a gente aprende a ser feliz.

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