Atravessei os dias meio cego para descobrir vagamente que, além das mentiras, deixou voce em mim a semente de uma história complicada, esta, que arrastei durante quase ja doze longos meses, até que todos brotem, até enfim te concluir primária, tosca, terrês, nunca capaz de compreender que além sexo e de tua entrega vã e vazia e desta nítida minha dor cravada que por muitas vezes beirou a morte, porque te queria como se quer, humanamente, a solução de Deus no Outro, nao nos outros tantos que tu te entregas literalmente falando...deixastes também um encontro que não aconteceu, que talvez nada esclareça, porque tudo ´ra voce é de vidro, porque brotou da confusão apaixonada que despertasse em mim, que veio de mais um dosteus meros desejos passageiros e efemeros mas que te julguei esclarecendo a vida, peça final de um quebra-cabeça, peça inicial de outro, de um excesso para sempre incompletos, mas que ficará, ainda que ninguém o entenda, esses ramos, esses castelos, como não ficaste, porque eras só mensagem de algo que ainda não sei, isso sei agora, o que não saberei, passageiro como o passo de um bailarino em seu curto vôo, porque meu amor de longe pode acreditar ultrapassa tua dança...
Quando chega setembro, tudo estará acabado, pronto para refazer-se. Comecei a escrever sem saber o que dizia, e não parei.sempre em vao foi assim.... Não morri nem enlouqueci. O que amo , vivo e invento me ultrapassa sempre.
E tem asas
pode acreditar.
PINDAMONHANGABA SETEMBRO DE 2011
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