Não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo: — Quero ficar com você...
Pequenso detalhes......
" E la em baixo....uma rede de anjos amparava nossa
queda... (Caio Fernando Abreu )
queda... (Caio Fernando Abreu )
quarta-feira, novembro 28, 2012
O amor é viral
O amor é vírus. Desses que se instala sem a gente sentir, num dia onde o vento corre contra e o sol bate enquanto a gente caminha pela cidade e conversa. Adormecido nas camadas mais profundas da pele, chega com a lentidão de quem invade para tomar conta. Uma pontada como sobreaviso, cansaço anormal, a cabeça zonza de tanto pensamento com a figura repetida completando um álbum daquilo que se quer viver junto e - quem sabe? - esteja por vir. Sem sintomas iniciais, os pés vestidos em chinelos que dão a sensação de caminha nas nuvens, mesmo quando se toca o chão - certeza firme de caminhar dentro de um sonho possível. Até acordar no calor da madrugada, e jogar pro lado o lençol, chutar o cobertor, abraçar ainda mais forte o sono de anjo do outro, prender o braço em torno do corpo como quem pede proteção (e ainda nem sabe que precisa).
O apetite, perdido pelo caminho, recusa um chocolate, não liga pra massa aos quatro queijos, acha a fome coisa pouca demais perto do êxtase e aconchego, ócio de sair do conforto de um braço sob os ombros no sofá quentinho. Dormir, algo impossível nos mistérios da paixão, começa a ser leve e sem peso, com o ato de respirar profundo e balbuciar palavras, entre um sonho e outro. A gente entra na bolha criada sem perceber, e se enche de afago, cura com carinho, vê a inspiração aparecer e zarpar, e torce pra que não estoure logo - ao contrário dos virais que volta e meia nos tiram um tanto de saúde. Amar é estar danificado das expectativas do outro na vida da gente - a guarda baixa, um descuido e estamos entregues ao desconhecido, com muito prazer, novamente.
E se repete de fase em fase. Renova, apruma, dá carinho e xarope quando o mundo todo conspira contra. Contagiamos pelo beijo, passamos adiante na fala cheia de sentimento aos alheios, fazemos com que até mesmo os desconhecidos queiram captar a leveza de quem sofre do amor e se alimenta do mesmo. E mais na direção oposta de tudo que adoenta, mesmo com o passar dos dias, remediamos para que fique, acarinhamos para que cresça, olhamos com afeto para que não decaia, aprendemos, aprendemos e aprendemos......
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