
.... me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me deixo tomar por inteiro por tuas estranhas liturgias,as luas cheias que te entregaste sem medo a tudo e a todos..a danças circulares e eroticas, a compactuar com teus medos que não decifro, temendo a faca, a pedra, o gume das tuas histórias longas, das tuas memórias tristes, cheias de corredores mofados,pais furiosos, ex maridos malvados, donzelas velha trancadas em seus quartos, balcões abertos sobre ruazinhas onde moças solteiras secam o cabelo, exibindo os peitos, mulheres fofoqueiras , estradas solitarias...
nos afastamos então cautelosos do teu entardecer assim como a tua noite de Lua que não é minha, e na solidão de cada um sei que teces lenta tua próxima mentira, tão bem urdida que na manhã seguinte será como verdade pura e sorriremos amenos, desviando os olhos, corriqueiros, à medida que o dia avança estruturando milímetro a milímetro uma harmonia que só desabará levemente em cada roçar temeroso , ardente de olhos ou de peles que confiei e acreditei tanto ser unico......mar aberto que criastes friamente que sabemos que nao termina agora ou aqui....
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