Não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo: — Quero ficar com você...
Pequenso detalhes......
" E la em baixo....uma rede de anjos amparava nossa
queda... (Caio Fernando Abreu )
queda... (Caio Fernando Abreu )
quinta-feira, novembro 29, 2012
29 DE NOVEMBRO DE 2008
Quando a alma quer e pede, "Energias Superiores" a nossa tendem sempre a abençoar e aproximar nossos desejos.
Sonhos também viram estrelas...e a "NOSSA ESTRELA" vai ser aquela que JUNTOS colocaremos lá no céu, do lado da Nossa Deusa.
Assim SEMPRE que a gente olhar pra cima vai saber reconhecer a Luz, a Magia e o Encantamento que ela fez em nossas vidas um dia!
Minha alma reconhece a sua, e te chama pra juntos reviver o que já nos foi permitido
"ETERNIZAR AVALON EM NOSSAS VIDAS PRA SEMPRE..."
NA INTENÇAO , NA BUSCAS E NOS GESTOS DE UM MODO QUE EU NUNCA CONHECI
quarta-feira, novembro 28, 2012
O amor é viral
O amor é vírus. Desses que se instala sem a gente sentir, num dia onde o vento corre contra e o sol bate enquanto a gente caminha pela cidade e conversa. Adormecido nas camadas mais profundas da pele, chega com a lentidão de quem invade para tomar conta. Uma pontada como sobreaviso, cansaço anormal, a cabeça zonza de tanto pensamento com a figura repetida completando um álbum daquilo que se quer viver junto e - quem sabe? - esteja por vir. Sem sintomas iniciais, os pés vestidos em chinelos que dão a sensação de caminha nas nuvens, mesmo quando se toca o chão - certeza firme de caminhar dentro de um sonho possível. Até acordar no calor da madrugada, e jogar pro lado o lençol, chutar o cobertor, abraçar ainda mais forte o sono de anjo do outro, prender o braço em torno do corpo como quem pede proteção (e ainda nem sabe que precisa).
O apetite, perdido pelo caminho, recusa um chocolate, não liga pra massa aos quatro queijos, acha a fome coisa pouca demais perto do êxtase e aconchego, ócio de sair do conforto de um braço sob os ombros no sofá quentinho. Dormir, algo impossível nos mistérios da paixão, começa a ser leve e sem peso, com o ato de respirar profundo e balbuciar palavras, entre um sonho e outro. A gente entra na bolha criada sem perceber, e se enche de afago, cura com carinho, vê a inspiração aparecer e zarpar, e torce pra que não estoure logo - ao contrário dos virais que volta e meia nos tiram um tanto de saúde. Amar é estar danificado das expectativas do outro na vida da gente - a guarda baixa, um descuido e estamos entregues ao desconhecido, com muito prazer, novamente.
E se repete de fase em fase. Renova, apruma, dá carinho e xarope quando o mundo todo conspira contra. Contagiamos pelo beijo, passamos adiante na fala cheia de sentimento aos alheios, fazemos com que até mesmo os desconhecidos queiram captar a leveza de quem sofre do amor e se alimenta do mesmo. E mais na direção oposta de tudo que adoenta, mesmo com o passar dos dias, remediamos para que fique, acarinhamos para que cresça, olhamos com afeto para que não decaia, aprendemos, aprendemos e aprendemos......
terça-feira, novembro 27, 2012
SER MELHOR
Foi no filme “Melhor É Impossível”, estrelado por Jack Nicholson e Helen Hunt, que ouvimos uma daquelas declarações de amor que considero definitiva: “Você me faz querer ser alguém melhor”... A frase, mais do que fazer a personagem vivida por Helen Hunt se desmanchar em lágrimas, levou-a a baixar a guarda e a desmontar todas aquelas defesas naturais que carregamos a tiracolo quando o assunto é amor.
A decisão de partilhar a vida com outra pessoa é um dos grandes fatores de mudança do ser humano. Se causamos esse desejo em alguém, ou se o oposto acontece, não importa o sujeito da ação: o que vale e fica é que fazemos, cada um a seu modo, a diferença na vida do outro. Mais que isso, mostra que cada um tem o poder de levar quem ama a abandonar o conforto do porto seguro para se atirar numa arriscada aventura em alto mar; a trocar o destino da viagem, seja ele qual for, pela companhia que esta experiência proporciona, não importa o norte, nem o roteiro a seguir.
Conhecer o mundo acompanhado é instigante e tentador. Descobrimos com o tempo e a experiência que a paisagem externa é sempre decidida pela companhia que trazemos na viagem. É quando entendemos que muito do que vemos do lado de fora da janela do avião ou do ônibus - não importa o veículo -, não está em nossos olhos, mas na emoção que trazemos conosco. O coração determina o que vemos e sentimos.
Viajar bem acompanhados, mesmo quando a solidão é nossa companheira opcional e consciente, é a melhor fonte de prazer, seja na vida ou no turismo. O que, convenhamos, dá no mesmo; afinal, estamos no mundo só de passagem...
Escolher, ou ser escolhido, torna não só nossa viagem terrena menos turbulenta, como inesquecível e reveladora...
segunda-feira, novembro 26, 2012
quando lembro de voce
Não há por que ter medo, disse. As coisas são mais simples, a maneira de olhá-las e de levá-las é que complica. Ore, é importante ter fé. Mas não pense que são as orações que trazem a salvação, a cura, o amor: nossos sonhos serão realizados de qualquer forma. Milagres não pertencem ao impossível. Milagres acontecem a cada segundo, a cada coisa imperceptível aos nossos olhos. Queremos as coisas ráp
ido demais, sem entender que a primavera se prepara debaixo do chão frio, repleto de flores secas. As flores nunca morrem, deitam sobre o chão, se afundam na terra, e depois renascem. E isso não é milagre? Não é milagre entre tantas pessoas eu encontrar você? Não é milagre eu poder te ver de tão perto? Não é milagre meus olhos gravarem as expressões do teu rosto para levar por todos os minutos que tenho antes de dormir? Não é milagre tua mão delicada beijando a minha? Não é milagre eu poder te dizer todas essas coisas? Eu também não acreditava em milagres.....
Mas eu te vi um dia em que eu não tinha fé em mais nada. Mas eu te vi. E agradeci aos céus. Você era o milagre mais lindo que Deus colocou no mundo. Você não acredita, mas seu sorriso abre chances de mais um milhão de milagres para mim. Você me salva de um mundo comum. Você me dá um novo mundo quando acorda de manhã. Você quando sai pela rua, parece que vai pintando tudo de azul, você traz o céu para as pessoas. Você parece que lê um poema de Neruda ao decifrar um cardápio num restaurante de esquina. Você é tão doce quando está no seu auge para ser amarga. Você bebe um café com tanto cuidado como se fosse o último café que tomasse. Você dá para todas as coisas a chance de serem mais serenas e intensas. Nada conseguirá ser menos radiante depois da tua presença. Por causa de você tudo que existe é um milagre. Você entende agora? Você entende por que eu acredito em milagres? Eu tenho você. Eu tenho o que há de mais milagroso sobre toda face do mundo.
eis a alquimia da condição humana:
no momento em que são aceitas as fadigas
portas se abrem
abraçar a dificuldade como a um antigo companheiro
alegrar-se na tormenta
remendar as roupas velhas com a tristeza
e em seguida retirá-las
esse despir
o corpo que se encontra por baixo
é a doçura que vem
após a dor
II
contemplo a ascensão da Deusa
a magia está aqui
em toda parte
o amor é uma corrente
e o corpo
fogo
peço-lhe que me mostre o caminho
ele me exorta a deixar a cabeça
sob as solas dos pés
tantos são os caminhos de ascensão
quanto preces
ao amanhecer
III
um jarro de água não mais nos basta
desejamos rio
a face da paz
o Sol
não mais a lua sob as nuvens
mas a manhã clara
e a presença daquele cujo trabalho
permanece inacabado
para que também o realizemos
ociosos e atentos
ao sair de cena
IV
você que dá vida ao planeta
você que vai para além da lógica, venha!
sou uma flecha que se estende
no arco do Amado
prestes a alçar vôo
por causa do amor
a tigela caiu do telhado
deixe de lado a escada
para recolher os pedaços
onde está o telhado?
de onde quer que a alma venha
para onde quer que ela vá durante a noite
ali ele está
de onde quer que surja a primavera para dar vida ao solo
de onde quer que se manifeste o desejo da busca
a procura mesma é um traço
do que procuramos
mas nos assemelhamos mais ao homem
que monta em um burro
e lhe pergunta para onde ir
espere!
pode ser que o oceano
que tanto desejamos
nos queira aqui na terra firme um pouco mais
todos os variados caminhos que traçamos
sempre acabam por encontrar o mar
here is the alchemy of the human condition:
when they are accepted fatigues
doors open
embrace the difficulty as an old mate
rejoice in the storm
mending old clothes with sadness
and then removing them
this strip
the body which lies beneath
is the sweetness that is
pain after
II
contemplate the rise of Goddes
the Goddes is here
everywhere
love is a current
and body
fire
I ask you to show me the way
he asks me to leave the head
under the soles of the feet
many are the paths of ascent
as prayers
at dawn
III
a pitcher of water no longer enough for us
wish river
the face of peace
Sun
not over the moon under the clouds
but the morning clear
and the presence of him whose job
remains unfinished
to which also make real
idle and watch
to leave the scene
IV
you giving life to the planet
you that goes beyond logic, come!
I am an arrow that extends
the arc of the Beloved
about to take flight
because of love
the bowl dropped from the roof
let go of the ladder
to collect the pieces
where's the roof?
from wherever the soul comes
wherever she goes overnight
there he is
wherever it arises spring to give life to the soil
wherever it manifests the desire to seek
is searching same trace
than seek
but we resemble more man
Riding on a donkey
and asks him to go
wait!
may be that the ocean
we so desire
we want here in the land a little more
all the various paths traced
always end up finding the sea
qui è l'alchimia della condizione umana:
quando vengono accettate fatiche
porte aperte
abbracciare la difficoltà come un vecchio amico
gioire nella tempesta
rammendare vecchi vestiti di tristezza
e poi la rimozione
questa striscia
il corpo che si trova sotto
è la dolcezza che è
dolore dopo
II
contemplare l'ascesa
l'amica è qui
ovunque
l'amore è una corrente
e corpo
fuoco
Vi chiedo di indicarmi la strada
mi chiede di lasciare la testa
sotto le piante dei piedi
molti sono i percorsi di salita
come preghiere
all'alba
III
una brocca d'acqua non è più sufficiente per noi
Desidero fiume
il volto della pace
sole
non oltre la luna sotto le nuvole
ma la mattina chiaro
e la presenza di colui cui compito
rimane incompiuto
a cui anche rendere reale
minimo e guardare
di lasciare la scena
IV
ti dà la vita al pianeta
che va oltre la logica, vieni!
Sono una freccia che si estende
l'arco dell'Amato
per spiccare il volo
per amore
la ciotola cadere dal tetto
lasciar andare la scala
per raccogliere i pezzi
dov'è il tetto?
da dove l'anima viene
ovunque vada durante la notte
eccolo
ovunque essa si pone primavera per dare vita al suolo
ovunque si manifesta la volontà di ricercare
è alla ricerca stessa traccia
che cercare
ma siamo simili più uomo
Cavalcando un asino
e gli chiede di andare
aspettare!
può essere che l'oceano
così desiderata
vogliamo qui in terra un po 'più
tutti i vari sentieri tracciati
finiscono sempre per trovare il mare
quinta-feira, novembro 22, 2012
Cartinha
É estranho, depois de tanto tempo eu vim a escrever para você. Você nessa sua áurea toda de felicidade deve não compreender o motivo dessa minha súbita aparição por meio desta " " carta"" Mas você sabe, eu sou estranho e faço coisas esquisitas. Tudo bem se você não me responder, e nem ao mesmo ler, esta na carta na verdade não tem remetente. Louco, não? eu sei. É que na verdade, eu preciso lhe dizer certas coisas, seja você ‘ele’ ou quem for, não importa. Fato é que estou um pouco perdido, um pouco só, e estou sem sentido, o que na verdade nunca tive. Então resolvi lhe escrever essas humildes palavras para dizer que não te amo mais. Que estou feliz por você , seu novo mundo, a vida que voce quis..... Não sinto mais o maldito recalque da troca e nem o desejo que seus planos e sonhos de amor eterno furem, isso eu consegui com muito trabalho, deixar para atrás. Caso queria saber, apesar das minhas inúmeras frustrações, indignações e desalentos continuo a acreditar em um mundo aonde as pessoas não sejam tão mesquinhas e idiotas. Alguns chamam de útopia, eu chamo de esperança, como você bem sabe. Queria também lhe falar que continuo com meus planos egoístas, de ter uma vida tranquila , envelhecer de maos dadas .... com certo renome e que nesse meio tempo, foram muitos anos , certo?, eu adquiri uma vontade enorme de dirigir minha vida nesta estrada linda e fazer ainda mais amor. Acho que você riu, sabendo do meu grande potencial pra pirar por gostar de alguem e da minha habilidade de coordenação motora para fazer algo ao mesmo tempo, como cair de bicicleta a toda hora ; pois é, são vontades e ambições. Apesar dos empecilhos, acredito que eu possa pelo menos ser uma pessoa legal , nem que seja de blog. Mas até Frank Sinatra conseguiu ser um ícone da música depois de supostamente ter feito um filme pornô por cem dólares, porque não eu ser um carinha normal sem machucar ninguem como voce nos fez ? Agora você deve está pensando que sou abusado de me comparação com o querido Frank, mas deixa, nesse meu mundo particular de sonhos impossiveis eu sou o rei, ou não. Deixando de lado meus desejos, queria não mais pensar em você, mesmo não te amando. É inevitável, sabe? eu fiquei por minha escolha condicionado a pensar e a saber de você por longos anos e não da para chegar do dia para a noite e dizer: ‘não vou mais pensar nele e nem bisbilhotar a vida dele através das redes socias’, simplesmente é impossível. Eu não quero te aborrecer com isso, provavelmente você irá sentir pena de mim e se lamentar também por mim. Credo, não quero ser digno da sua compaixão ou pena. Não a de galinha, só para constar. Basicamente é uma carta de despedida, com palavras de despedida. Certo, eu já havia falado antes por e-mail, telefonemas, tweets e tantos outros meios que eu nunca mais ia me manifestar para você e tudo aquilo, mas só que antes eu te amava e tinha uma necessidade de me fazer presente, só que agora não, é pra valer, menino. Eu continuo sendo o mesmo, com algumas coisas novas, mas sempre com os velhos sentimentos, com os velhos discos de Blues, com os grandes mestres como Bukowisk e Caio F.A, com a mesma fala embargada e tímida, com o mesmo jeito desleixado de andar e de se vestir, com os mesmos sonhos e sem o nosso sentimento. Esse ficou na gaveta das lembranças, onde eu consulto de vez enquanto para me lembrar de quando o seu sorriso era meu e quando o seu peito era meu esconderijo de mim mesmo. A vida segue com ou sem reticências (…)
com carinho, Adeus
quarta-feira, novembro 21, 2012
Parece que tudo o que tenho feito nesses últimos meses é ficar pensando em você. Vivo em um filme retrocesso, lembrando o que passamos juntos, dos planos ingênuos que criamos em cima de castelos de areia e das risadas um tanto bestas de coisas simples. E é tudo tão distante agora. Procuro algo que possa me confortar sem ser sua presença e acabo caindo no vácuo do tempo. Penso em me embebedar com uma garrafa de Jack Daniels e mandar zilhões de sms para você no meio da madrugada só para você penceber que o meu amor guardado tem algo de assassino nele.Eu ainda te procuro nos meus sonhos, só que você se encontra sonhando com outro. e isso é a morte.Ouço Please, please, please, let me get what I want dos Smiths e tento, com toda minha força, acreditar que também uma única vez em minha vida algo de bom possa acontecer. Todas as formas de amar se reunem em você, em torno da sua personificação. Loucura isso, mas é minha insanidade, é meu desespero, é o meu sentido de tudo. Tudo bem, eu sei que acabou, mas eu me agarro aos lençõis usados por nós e sinto o chão se abrir aos meus pés e me engolir como o fogo que engole tudo o que se movimenta por dentro de suas chamas vermelhas.
Está noite, será como todas as outras, sem sentido, sem amor, para você e para mim.
terça-feira, novembro 20, 2012
101 rosas
Tudo a minha volta se desfaz com a água da chuva desta manha passada. E eu choro. Entre mil rosas roubadas que dei para você, que agora é sem rosto, restam 101 e eu não sei o que fazer com elas, além do habitual bem me quer, mal me quer. Entre um cigarro e outro, faço um suco de laranja, coloco gelo e rum. R.E.M. e Beto Guedes fazendo os prantos mudos gritarem dentro do meu peito amargo coisas de amor, do nosso velho amor. Os dias estão sendo assim: discos, cigarros e melancolia. Dentro de mim cabe uma vida toda, mas eu não vejo motivo para permitir. Me reinvente como um sonho, aquele sonho que tínhamos. Dentro de si resta algo que seja meu? Suporto todo tido de dor, menos a dor de ser esquecido, ainda mais por você, que vivi tão intensamente vivo dentro de mim. Todas as formas de amor são lindas e são pesadas, os fortes ignoram, os fracos como eu, as idolatram.
Não me chame pelo portao quando sua carência sexual lhe acender e não me faça promessas da qual no dia seguinte você não vai cumprir. Você não vê que estou doente? Que sofro de uma dor cronica que se chama ausência? Eu não quero te jogar todas as merdas que sinto em cima de você, é só que está sendo muito insuportável pensar num mundo aonde eu não tenha seus abraços para me esconder. Meu jardim está morto e suas rosas estão secas, salvo aquelas 101 que eu roubei de outros jardins para te presentear. Escrevi cartas de amor para você e as queimei no segundo seguinte. E eu continuo a chorar ouvindo qualquer tango com um choro de violino; só choro, pois não sei mais dançar no escuro.
Tudo bem que você ri desse meu lamento alá ultra-romantico, eu não me importo, sou motivo de piada para os outros e para mim mesmo. Fique ai na sua, com sua vida, seus amigos, seus outros e novos amores, festinhas e suas tentativas frustradas de parar de fumar. Faça da sua vida a mais bela porra que você conseguir, hoje minha vontade é mandar você se foder. E quem sabe mais tarde, quando o cd do Led Zeppelin acabar eu não ligue de madruga na sua casa e quando você atender com sua inconfundível voz de sono eu não diga: ‘Seu otário, vai se foder’ e desligue o telefone com o coração em batimentos muito acelerados. Mas na verdade, eu não tenho mais coragem de te ligar, nem se for para te xingar. Tudo que eu queria realmente é que você desaparecesse da minha vida e levasse o restantes das mil rosas que eu roubei para você.
Eu sempre começo com um pé meio atrás e como se já não bastassem as experiências ruins passadas, ao menor sinal de envolvimento, eu perco a medida e sigo com pressa demais. Me afogo em incertezas, me iludo numa tentativa desenfreada de encontrar quem tenha a mesma sede de intensidade que eu. Mas eu nunca encontro alguém que veja a mesma graça que eu em peças de teatro, shows que todos se esquecem de assistir, reflexões em mesas de bar e bancos de metrô, salas de cinema, livros de cabeceira.
Olho para dentro de mim e tento encontrar as explicações. Todas fogem de mim. Então me sinto culpado, crio teorias, me denuncio, concluo: “o nosso amor a gente inventa”, pra só depois descobrir que invenção não preenche, não satisfaz!
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos ...
anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu acaso, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. (...) As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação. Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas.
Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também.
Martha Medeiros
segunda-feira, novembro 19, 2012
"Não quero lembrar. Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam. (...) Agora já passou. Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido.....A vida não é apagável, pensei. Nem volta atrás. Ainda não construíram a máquina do tempo. Ninguém virá em meu socorro. Faz tanto tempo que invento meus próprios dias. Preciso começar por algum ponto diferente."
Caio F. em Onde Andará Dulce Veiga?
quinta-feira, novembro 08, 2012
quarta-feira, novembro 07, 2012
« Tende piedade dos que se escravizam pelo laço de seda do Amor, e julgam-se donos de alguém, e sentem ciúmes, e matam-se com veneno e torturam-se porque não conseguem ver que o Amor muda como o vento e como todas as coisas. Mas tende mais piedade dos que morrem de medo de amar, e rejeitam o amor em nome de um Amor Maior que eles não conhecem, porque não conhecem a Tua lei que diz: “Quem beber desta água, nunca mais tornará a ter sede.”
« Tende piedade dos que reduzem o Cosmos a uma explicação, Deus a uma porção mágica, e o homem a um ser com necessidades básicas que precisam de ser satisfeitas, porque estes nunca irão ouvir a música das esferas. Mas tende piedade dos que possuem a fé cega, e nos laboratórios transformam mercúrio em ouro, e estão cercados de livros sobre os segredos do Tarot e o poder da pirâmides. Porque estes não conhecem a Tua lei que diz. “É das crianças o reino dos céus.”
.......
terça-feira, novembro 06, 2012
segunda-feira, novembro 05, 2012
Dedicamos estes ultimos dias as pessoas queridas que perderam suas vidas na lamentavel tragedia no bondinho Campos do Jordao - Pindamonhangaba um dos simbolos turiscos de nossa cidade. Que seja reavaliada toda a segurança deste caminho turistico tao belo , e que vidas nao sejam ceifadas em nome do interesse financeiro acima de qualquer coisa.
Estamos todos juntos com voces .
Que Deus conforte a todos familiares.
Rodrigo Gomide
Sindicato Rural de Pindamonhangaba
Fazenda Nova Gokula
O Sal da Terra
VOCE ESTA A BEIRA DE QUE?
Se você responder à pergunta acima dizendo que está à beira de um ataque de nervos, não será uma resposta original, mas pode muito bem ser verdade, já que poucos conseguem ficar tranqüilos diante desta rotina surreal em que nos meteram.
Trancar portas, gradear janelas, acionar alarmes, desconfiar de todos — que vida excitante. Eu, ao contrário de me enervar, estou à beira de ficar zen. Basta apenas parar de ler os jornais, de ver TV, desconectar o computador, vender meu carro, doar meus bens e me mudar para o Tibete. Você também não sente vontade, às vezes? Eu de segunda a domingo.
À beira de algo. A maioria das pessoas — as desassossegadas por natureza — está a ponto de dar uma guinada, está prestes a tomar uma atitude, está ali ali para enfrentar uma ruptura. Poucos estão 100% conformados. Os que têm o costume de se questionar ao menos meia-hora por dia já podem se considerar no limiar de fazer uma manobra radical: são habitantes do planeta Quase.
Alguns, por exemplo, estão quase desistindo de manter sua empresa funcionando. Estão cansados de pagar tantos impostos, de sofrer ações trabalhistas injustas, enfraquecidos pela concorrência que só cresce. Estão quase falindo, mas lutando. Quase desistindo, mas ainda sem coragem de abrir mão de tudo.
Outros estão quase saltando fora de um casamento, quase convencidos de que é melhor sofrer fora do que dentro dele, por pouco não trocando de lado, apenas aguardando o tal “momento certo”, que é a coisa mais difícil de identificar.
Em contrapartida, tem gente assinando a papelada para abrir um negócio próprio e outros tantos com a data de casamento marcada. Não importa a ruptura que se dará (mudar de condição de vida é sempre uma ruptura): tudo o que nos aguarda ali adiante é um enorme e imponente ponto de interrogação.
É como se o mundo fosse dividido em duas partes, com um rio passando no meio.
Estamos sempre de olho na outra margem deste rio, no que existe do lado de lá. E é desta sensação de incompletude — não podemos estar nos dois lados ao mesmo tempo — que surge tudo o que existe. A arte, por exemplo. Cinema, literatura, música, teatro e dança são formas de fazer esta travessia. Também desta sensação de incompletude surgem os relacionamentos amorosos: uma vontade de trazer para nossa vida alguém com uma experiência diversa, alguém que nos traga a informação do “estrangeiro” e que amplie nossa cidadania, enriqueça nossa existência. Da incompletude, ainda, vêm os desejos: tentar outra atividade, visitar outros países, escalar uma montanha, saltar de pára-quedas, virar budista, escrever um livro.
Estamos sempre na iminência de. Tentados a. Seduzidos por.
Você está à beira de quê? Sabe, sim. Só não quer contar.
sexta-feira, novembro 02, 2012
"Fico pensando se viver não será sinônimo de perguntar.A gente se debate, busca, segura o fato com duas mãos sedentas e pensa:Achei! Achei!
Mas ele escorrega se espatifa em mil pedaços, como um vaso de barro coberto apenas por uma leve camada de louça.
A gente fica só, outra vez, e tem que começar do nada, correndo loucamente em busca dos outros vasos que vê. Cada um que surge parece o último, mas todos são de barro, quebram-se antes que possamos reformular as perguntas.
E começamos de novo, mais uma vez, dia após dia, ano após ano.
Um dia a gente chega à frente do espelho e descobre:
Envelheci!
Então a busca termina. As perguntas colam no fundo da garganta, e vem a morte.
Que talvez seja a grande resposta.
A única."
quinta-feira, novembro 01, 2012
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